Desde 1° de março de 2020 o Banco Central mudou as regras de cobrança em compras internacionais com o cartão de crédito. Antes você pagava o valor do câmbio em relação ao dia do fechamento da fatura, agora a cobrança é em relação ao valor do câmbio na data da compra. Explicamos melhor neste link.
O intuito do Banco Central foi deixar você menos confuso na hora de pagar a conta, já que, invariavelmente, existiam alterações nos valores. Isso também pode te deixar menos inseguro para usar o cartão de crédito em alguma viagem ou na internet, para comprar produtos em sites de outros países.
Além da taxa de câmbio, outro valor que pode acabar te confundindo nessas compras internacionais – e está atrelado à operações financeiras – é o IOF (Imposto sobre Operação Financeira).
VisionárioCast #2 – Começando no mundo dos investimentos
PIX: BANCO CENTRAL LANÇA NOVA MODALIDADE DE TRANSFERÊNCIA BANCÁRIAP
O IOF é o imposto cobrado pelo Governo Federal em qualquer tipo de operação financeira. Essa alíquota é cobrada em empréstimos, no cheque especial, no resgate dos seus investimentos, em seguros e também em compras com o cartão de crédito que tenham conversão de moeda.
TABELA DE ALÍQUOTA DO IOF | |
Operação | Alíquota |
Compras no exterior com cartão de crédito | 6,38% |
Compra ou venda de moeda estrangeira | 1,10% |
Empréstimos ou financiamentos | 0,38% + 0,0082% ao dia até 3% |
Cheque especial | 0,38% + 0,0082% ao dia até 3% |
Investimentos | 0 a 96% sobre os rendimentos |
Seguro de vida | 0,38% |
Seguro de bens | 7,38% |
Ou seja, independente do dia que sua fatura vai fechar, se você comprar alguma coisa em outra moeda que não seja o real com seu cartão de crédito terá que pagar o IOF. E vai além, a alíquota também é cobrada quando as compras são realizadas com o cartão de débito ou os conhecidos cartões pré-pagos. Isso porque o imposto não tem relação com o crédito, mas com o câmbio.
Sendo assim, tomem cuidado quando forem se planejar para uma viagem ou para fazer compras na internet. Os cartões pré-pagos podem dar a impressão de serem melhores que os de créditos, mas acabam tendo a mesma cobrança de IOF.
Outra dica para quem vai viajar é evitar o uso dos cartões e comprar usando dinheiro físico. Quando compramos dólares, euros, libras – ou qualquer tipo de moeda estrangeiras – pagamos apenas 1,1% de IOF, algo muito menor que os 6,8% pagos pelo uso dos cartões.
Além disso, ao usar o cartão de crédito você fica refém da taxa de câmbio no dia, ao comprar as moedas é possível acompanhar a variação da cotação e efetuar a compra em um momento mais adequado, pagando menos.
Outra opção que pode ser vantajosa, dependendo do país para onde você está viajando, é comprar a moeda local apenas quando chegar no país de destino. Como o IOF é um imposto brasileiro, ao comprar moedas em outros países você escapa dele, mas fica refém das regras do país de destino.
Por outro lado, as taxas de câmbio do país pode não ser muito favorável. Em caso de moedas com circulação mais limitada – como pesos argentinos, uruguaios e chilenos – as taxas de câmbio encontradas no Brasil não são muito boas. Sendo assim, pode valer a pena comprar essas moedas no próprio país ao invés de já viajar com elas.