As organizações foram tomadas pela juventude. Aliás, jovens esses que defendem a
ferro e fogo cada um de seus ideais, levantando bandeiras e causas em prol de assuntos de seu
interesse pessoal ou de pessoas próprias. Até que ponto essas discussões são positivas?
Eu diria que todos os pontos de vista merecem palco. Porém, não é a qualquer hora ou
em qualquer lugar. Não é todo assunto que pode e deve ser abordado dentro do ambiente
corporativo. Ou ainda, talvez muitos deles até mereçam a atenção corporativa através da
responsabilidade social, o que não pode acontecer é de esses assuntos receberem maior
destaque do que os próprios interesses da empresa.
Concordo com o posicionamento que os jovens querem tomar. Outras gerações
também fizeram isso queimando sutians, ou mesmo pintando os rostos e fazendo passeatas. O
que não concordo é que, em uma era em que o celular está na palma da mão transmitindo
mensagens em tempo real e a todo o momento, os jovens tomem seus ideais como foco único,
deixando de lado os ideais da empresa, ou colocando-os em segundo lugar.
Há espaço para todos se expressarem. Mas, principalmente, há momentos oportunos
para isso acontecer. Não é qualquer lugar, não é qualquer horário – é preciso ter discernimento
para entender que bandeiras pessoas podem e devem ser levantadas, mas nem tudo é sobre
isso!