Magazine Luiza, Agronow e Amaro são as três empresas brasileiras na lista das 10 mais inovadoras da América Latina, segundo a revista Fast Company. Recentemente publicamos um artigo sobre as 10 empresas mais inovadoras do mundo, mas nenhuma delas era uma companhia nacional.
Segundo a publicação, as empresas do continente tem desenvolvido soluções inovadoras principalmente em plataformas de pagamento e na economia circular (aquela que gira em torno da sustentabilidade). No ano passado o Brasil teve uma empresa representante na lista global, o Nubank, a fintech avaliada em U$ 10 bilhões que sequer apareceu na lista desse ano.
Contudo, nenhuma das empresas brasileiras segue essa linha, tanto a Amaro quanto a Magazine Luiza são e-commerces, já a Agronow é uma plataforma de ciência de dados para o agronegócio.
Confira a lista das 10 empresas mais inovadoras da América Latina:
1 – Algramo (Chile)
A Algramo é uma empresa chilena que vem ajudando muito a economia circular do país, com uma solução sustentável que pode ser replicada em outras cidades do mundo nos próximos anos. A Algramo, em parceria com a multinacional Unilever, trabalha com uma logística que permite os consumidores reencherem garrafas de produtos de limpeza e correlatos, todos fabricados pela Unilever.
Funciona da seguinte maneira, um triciclo circula pela cidade com galões cheios de produtos específicos, caso um consumidor queira encher sua garrafa ele paga um valor levemente menor que no mercado e ainda leva um cupom de desconto em compras futuras.
2 – Ejido Verde (México)
Mais uma empresa da economia circular, a Ejido Verde produz resina sustentável para a indústria química utilizando principalmente a mão de obra indígena e rural do México. O modelo de negócio da empresa é lucrativo e gera muitos empregos para comunidades carentes do país, sendo assim um braço completo da economia circular.
Segundo a Fast Company a Ejido Verde já tem planos e estrutura para se tornar uma das principais fornecedoras globais de matéria-prima química. Muito disso se deve às parcerias que a empresa desenvolveu com instituições como a ONU.
3 – Magazine Luiza (Brasil)
Ganhando uma posição em relação à 2019, a Magazine Luiza é um dos principais e-commerces no Brasil. A empresa que originariamente se estabeleceu no mercado como um grande varejista se tornou a terceira empresa mais inovadora da América Latina pelas ações que facilitaram a entrada de pequenos comerciantes na sua plataforma de vendas online.
A MagaLu criou uma rede de ferramentas que facilitam pagamentos, entregas e até fazem a gestão de estoque dos pequenos comerciantes que utilizem seu e-cmmerce para venderem os produtos, semelhante com o que a Amazon faz nos EUA. Hoje o marketplace da empresa conta com 7 milhões de vendedores, 400% a mais que em 2018.
4 – Agronow (Brasil)
O agronegócio é o principal setor da economia brasileira, representando mais de 20% do PIB nacional. É aproveitando essa grande fatia de mercado que a Agronow desenvolveu uma plataforma de ciência de dados para a indústria agrícola.
O serviço da Agronow oferece aos seus clientes análises quase que em tempo real que combinam dados de inteligência geoespacial e artificial, com isso as empresas recebem relatórios sobre a colheita, semeadura, rendimento, área de volatilidade. Os insights gerados pela plataforma servem para os gestores tomarem as decisões.
5 – TPaga (Colômbia)
A TPaga é uma fintech colombiana, com base na capital Bogotá, que foca na população que não tem acesso aos serviços bancários tradicionais. A carteira digital da empresa funciona de maneira semelhante ao PicPay aqui do Brasil.
O aplicativo se popularizou entre taxistas e entregadores no país pela acessibilidade e menores custos do que as taxas bancárias do país, justificando a presença da TPaga como quinta empresa mais inovadora da América Latina.
6 – dLocal (Uruguai)
A dLocal é uma empresa com sede em Montevideo que facilita a gestão de pagamentos remotos. A empresa atua principalmente em regiões como África, Ásia e Oriente Médio, intermediando os pagamentos para profissionais que estejam em outras áreas do planeta.
A dLocal realiza a gestão dos pagamentos para facilitar o trabalho de empresas que contratam funcionários de maneira remota. Naturalmente é necessário que exista uma filial da empresa no país de contratação, com a dLocal as empresas não precisam abrir essa companhia local.
7 – Amaro (Brasil)
A sétima empresa mais inovadora da América Latina é a marca de roupas brasileira Amaro. Conhecida por ser um forte e-commerce de roupas, a Amaro foi considerada um exemplo de uso de dados que atendem à demanda dos consumidores.
A Amaro ainda foi elogiada pela Fast Company pela sua estratégia de operação e logística. Neste ano a empresa inovou e lançou um novo conceito de loja em São Paulo e Rio de Janeiro, onde os clientes vão até o local para ver os produtos antes de comprá-los online.
8 – Hoopla (Argentina)
Uma agência de publicidade, voltada principalmente para anúncios, a Hoopla é uma empresa argentina que tem como principais clientes a L’Oreal, Red Bull e Google.
Mas o que tornou a Hoopla a oitava empresa mais inovadora da América Latina exercendo as funções de uma empresa comum? A maneira como a empresa faz suas ações é extremamente inovadora, criando aplicativos e experiências imersivas em instalações físicas.
9 – Biofase (México)
A nona empresa mais inovadora da América Latina também está inserida na economia circular. A Biofase é uma empresa mexicana que exporta talheres de bioplástico para a Europa e Austrália.
Os utensílios são feitos de fibra de abacate e totalmente biodegradáveis, uma alternativa sustentável que certamente vai ser comercializada em muitos outros lugares do mundo em breve.
10 – Orbia (México)
A Orbia é uma dos maiores conglomerados industriais do México, com presença em 41 países, fez alterações na sua estrutura visando maior sustentabilidade e conseguiu o posto de décima empresa mais inovadora da América Latina.
A multinacional mexicana utilizou braços da empresa, como a Netafim, para gerar soluções para grandes desafios sustentáveis no mundo. No caso da Netafim a empresa passou a se preocupar com sistemas de irrigação na agricultura e como esses processos podem ser mais sustentáveis.
